28.2.03
Eu quero crescer logo para escrever como Richard Kadrey. Os contos dele em Viperwire são de dar inveja em qualquer um.
O Hector Lima escreveu um comentário muito bom sobre o fantástico Channel Zero, do Brian Wood. Além do texto, o Bizarro publicou algumas ilustrações de Public Domain, livro que documenta o percurso de Channel Zero.
A Vertigo - selo da DC Comics dedicado a quadrinhos adultos - está fazendo dez anos em 2003. A editora não perdeu tempo e está lançando um monte de coisas, além de um site com entrevistas e coisas do tipo.
26.2.03
Eu preciso aprender a arte de resenhar sem ler. Mesmo que isso não sirva para a minha coluna, é uma habilidade que pode render alguns trocados no futuro. Picaretagens sempre rendem bons frutos.
JJJ - também conhecido como Alexandre Matias - selecionou 50 dos melhores blogs brasileiros. Este blog está lá, muito bem acompanhado.
Patricia took her book from her bag and began to read with her fingertips. She found no comfort there. More and more often these days, books did nothing but increase her own sense of isolation and disaffection. They taunted and teased with their promise of a better world but in the end they had nothing to offer but empty words and closed covers. She had grown tired of experiencing life at second hand. She wanted something that she had never been able to put into words.Um techo de The Braille Encyclopaedia, um conto de Grant Morrison.
25.2.03
Eu não devia estar fazendo isso...
Estou com vários trabalhos atrasados, uma monografia que eu deveria estar revisando em lugar de (mal) escrevendo e muito pouca paciência. E mesmo assim comecei a leitura de um romance. Me questiono sobre a sabedoria disso. Para piorar as coisas, aí vem Carnaval - A Estação Anual da Desgraça Imprevista.
Se, como o protagonista de A Ilha do Dia Anterior (Umberto Eco), eu estivesse isolado do mundo eu conseguiria escrever? Ou melhor, conseguiria escrever o que eu tenho que escrever, em lugar de ficar compondo cartas que nunca serão entregues na minha cabeça? Ou ficaria pensando sobre a minha miséria e recordando tempos melhores? Não que as coisas estejam tão ruins assim, mas a tendência de que piorem é forte.
Apesar da culpa, o livro vai bem. A situação do protagonista é fantástica: ele está sozinho em um navio encalhado a pouco mais de um quilometro de uma costa que ele não sabe qual é, após ter sofrido um naufrágio. Mas ele não sabe nadar e não pode explorar a ilha (se é uma ilha), se limitando ao navio.
Eco - numa prosa bem diferente de Baudolino e O Pêndulo de Foucault - alterna os episódios do navio com as memórias de Roberto numa das muitas guerras territoriais da Europa do Século XVII - época em que ele mais ou menos acreditava ser assombrado por um gêmeo maligno.
Estou com vários trabalhos atrasados, uma monografia que eu deveria estar revisando em lugar de (mal) escrevendo e muito pouca paciência. E mesmo assim comecei a leitura de um romance. Me questiono sobre a sabedoria disso. Para piorar as coisas, aí vem Carnaval - A Estação Anual da Desgraça Imprevista.
Se, como o protagonista de A Ilha do Dia Anterior (Umberto Eco), eu estivesse isolado do mundo eu conseguiria escrever? Ou melhor, conseguiria escrever o que eu tenho que escrever, em lugar de ficar compondo cartas que nunca serão entregues na minha cabeça? Ou ficaria pensando sobre a minha miséria e recordando tempos melhores? Não que as coisas estejam tão ruins assim, mas a tendência de que piorem é forte.
Apesar da culpa, o livro vai bem. A situação do protagonista é fantástica: ele está sozinho em um navio encalhado a pouco mais de um quilometro de uma costa que ele não sabe qual é, após ter sofrido um naufrágio. Mas ele não sabe nadar e não pode explorar a ilha (se é uma ilha), se limitando ao navio.
Eco - numa prosa bem diferente de Baudolino e O Pêndulo de Foucault - alterna os episódios do navio com as memórias de Roberto numa das muitas guerras territoriais da Europa do Século XVII - época em que ele mais ou menos acreditava ser assombrado por um gêmeo maligno.
24.2.03
Dia de Gibi Novo: Global Frequency 3 e 4
Warren Ellis é um gênio. Mesmo que volta e meia eu perceba uma ou outra limitação nos personagens e na caracterização (como o lance dos cigarros, né Paolo?) não dá para negar que ele sabe muito bem transformar idéias disparatadas em formatos e histórias comerciais. Global Frequency mostra isso melhor que qualquer outra coisa.
Mesmo que as histórias não prestassem - e não é o caso - só o formato já justificaria o adjetivo do parágrafo anterior. Doze edições, cada uma ilustrada por um artista. Cada uma com uma história completa, ligada às outras apenas pela premissa e pela continuidade dos personagens. Um formato tremendamente comercial para os quadrinhos, facilmente adaptável para outros meios e que permite matar personagens e explorar idéias à vontade.
E que idéias! Depois da bomba ambulante e do ciborgue das primeiras edições, Ellis fez dois remixes muito espertos de idéias batidas da ficção: a invasão alienígena e os terroristas com exigências.
Em Invasive (desenhos de Steve Dillon) os alienígenas são uma idéia. Um meme codificando os padrões de comportamento dos ets. Algum pobre coitado baixou enquanto procurava vida alienígena no Seti, só para ser o primeiro membro de alguma coisa parecida com uma colméia. Miranda Zero e membros selecionados da Global Frequency entram em ação, mostrando que Ellis pesquisou o assunto.
Já Heaven's One Hundred (ilustrações de Roy A. Martinez) não tem pesquisa certa. Cem membros de uma organização mal treinada - que me lembrou aquele pessoal de Waco - tomaram um prédio em Melbourne. Só dois membros da Global Frequency estão na cidade. Seguem cenas de ação tão espetaculares quanto as de Planetary 13 ou do primeiro arco do segundo volume de The Invisibles - coisas no quilo de Matrix.
De tempos em tempos, tem uns quadrinhos que me deixam nervoso. Pelas idéias boas, pela execução e pela simples inveja do escritor. Global Frequency e The Filth são os que estão me enervando ultimamente.
Warren Ellis é um gênio. Mesmo que volta e meia eu perceba uma ou outra limitação nos personagens e na caracterização (como o lance dos cigarros, né Paolo?) não dá para negar que ele sabe muito bem transformar idéias disparatadas em formatos e histórias comerciais. Global Frequency mostra isso melhor que qualquer outra coisa.
Mesmo que as histórias não prestassem - e não é o caso - só o formato já justificaria o adjetivo do parágrafo anterior. Doze edições, cada uma ilustrada por um artista. Cada uma com uma história completa, ligada às outras apenas pela premissa e pela continuidade dos personagens. Um formato tremendamente comercial para os quadrinhos, facilmente adaptável para outros meios e que permite matar personagens e explorar idéias à vontade.
E que idéias! Depois da bomba ambulante e do ciborgue das primeiras edições, Ellis fez dois remixes muito espertos de idéias batidas da ficção: a invasão alienígena e os terroristas com exigências.
Em Invasive (desenhos de Steve Dillon) os alienígenas são uma idéia. Um meme codificando os padrões de comportamento dos ets. Algum pobre coitado baixou enquanto procurava vida alienígena no Seti, só para ser o primeiro membro de alguma coisa parecida com uma colméia. Miranda Zero e membros selecionados da Global Frequency entram em ação, mostrando que Ellis pesquisou o assunto.
Já Heaven's One Hundred (ilustrações de Roy A. Martinez) não tem pesquisa certa. Cem membros de uma organização mal treinada - que me lembrou aquele pessoal de Waco - tomaram um prédio em Melbourne. Só dois membros da Global Frequency estão na cidade. Seguem cenas de ação tão espetaculares quanto as de Planetary 13 ou do primeiro arco do segundo volume de The Invisibles - coisas no quilo de Matrix.
De tempos em tempos, tem uns quadrinhos que me deixam nervoso. Pelas idéias boas, pela execução e pela simples inveja do escritor. Global Frequency e The Filth são os que estão me enervando ultimamente.
23.2.03
O Alexandre Matias está ficando velho. Se a foto barbado não é sinal disso, esse texto é. Concordar com ele deve dizer algo sobre meu próprio envelhecimento, mas prefiro ignorar.
Intelectuais e diretores franceses chegaram à conclusão que os filmes americanos estão criando uma geração de crianças estúpidas. Apesar de concordar com parte do argumento - que a maior parte dos blockbusters é apenas demonstrações de efeitos especiais - fico impressionado com a velocidade das conclusões. Se os filmes americanos deixam alguém estúpido, os franceses de trinta e poucos anos já foram afetados há algum tempo.
E - se os filmes americanos são uma ameaça - os gauleses irredutíveis têm ferramentas suficiente para combatê-los com seus filmes e literatura. Além disso, comer uns doritos de vez em quando não é tão prejudicial assim se sua dieta é balanceada. Era com isso que esses implicantes deviam se preocupar.
Claro que, conhecendo as deformações profissionais dos meus coleguinhas, os citados no texto já devem bater na mesma tecla há anos. Só que, por conta dos atritos políticos, isso só tem valor como notícia agora.
E - se os filmes americanos são uma ameaça - os gauleses irredutíveis têm ferramentas suficiente para combatê-los com seus filmes e literatura. Além disso, comer uns doritos de vez em quando não é tão prejudicial assim se sua dieta é balanceada. Era com isso que esses implicantes deviam se preocupar.
Claro que, conhecendo as deformações profissionais dos meus coleguinhas, os citados no texto já devem bater na mesma tecla há anos. Só que, por conta dos atritos políticos, isso só tem valor como notícia agora.
Eu não tinha idéia de que David Foster Wallace era tão chato. Depois dessa, fiquei curioso para ler.
21.2.03
19.2.03
Identifying word bursts in the hundreds of thousands of personal diaries now on the web could help advertisers quickly spot an emerging craze.
Eye Candy: Dezoito fotografias, feitas por dez fotógrafos diferentes, de casais sendo casais. As fotos são muito bonitas, transmitindo uma realidade que falta na pornografia.
(Se você não é cadastrado na Nerve, use leituras como usuário e senha.)
(Se você não é cadastrado na Nerve, use leituras como usuário e senha.)
18.2.03
Mais uma vez estou vendendo livros e quadrinhos. Os interessados, por favor enviem um e-mail com os itens desejados e a cidade onde moram.
Livros
- Caçando Carneiros (Haruki Murakami)
R$15.00
- Máquina de Pinball (Clarah Averbuck)
R$10
- Húmus (Paulo Bullar)
R$10
- O Livro dos Códigos (Simon Singh)
R$30
- Mangá: O Poder do Quadrinho Japonês (Sonia Bibe Luyten)
R$20
Quadrinhos
- Visitations (C. S. Moore)
R$10
- Holy Avenger 1 - 12 (Marcelo Cassaro e Érica Awano)
R$20
- New X-Men 114 - 127, 129 - 131 (Grant Morrison)
R$5 cada
- Gotham by Gaslight
R$5
- Hell Eternal
R$10
- The Megalomaniacal Spiderman
R$ 5
- Os Donos da Noite
R$10
- ACME Novelty Library 1 - 4 (Chris Ware)
R$30
- X-Statix (Peter Milligan e Mike Allred - o título que substitui X-Force) 1 a 4
R$15
- Visitations: A Graphic Novella (C. S. Morse)
R$10
- Justice League Secret Files Trade Paperback (Diversos autores)
R$10
- X-Force 117, 119, 120, 123
R$3 cada
- A History of Violence (John Wagner e Vince Locke)
R$15
- Road to Perdition (Max Allan Collins e Richard Piers Rayner)
R$15
- The Big Book of Hoaxes (Paradoxx Press)
R$25
- The Invisibles Vol 2 (Completo)
R$ 100
Livros
- Caçando Carneiros (Haruki Murakami)
R$15.00
- Máquina de Pinball (Clarah Averbuck)
R$10
- Húmus (Paulo Bullar)
R$10
- O Livro dos Códigos (Simon Singh)
R$30
- Mangá: O Poder do Quadrinho Japonês (Sonia Bibe Luyten)
R$20
Quadrinhos
- Visitations (C. S. Moore)
R$10
- Holy Avenger 1 - 12 (Marcelo Cassaro e Érica Awano)
R$20
- New X-Men 114 - 127, 129 - 131 (Grant Morrison)
R$5 cada
- Gotham by Gaslight
R$5
- Hell Eternal
R$10
- The Megalomaniacal Spiderman
R$ 5
- Os Donos da Noite
R$10
- ACME Novelty Library 1 - 4 (Chris Ware)
R$30
- X-Statix (Peter Milligan e Mike Allred - o título que substitui X-Force) 1 a 4
R$15
- Visitations: A Graphic Novella (C. S. Morse)
R$10
- Justice League Secret Files Trade Paperback (Diversos autores)
R$10
- X-Force 117, 119, 120, 123
R$3 cada
- A History of Violence (John Wagner e Vince Locke)
R$15
- Road to Perdition (Max Allan Collins e Richard Piers Rayner)
R$15
- The Big Book of Hoaxes (Paradoxx Press)
R$25
- The Invisibles Vol 2 (Completo)
R$ 100
O Estante de Livros On-Line publicou uma entrevista muito boa com o Daniel Pellizzari - minha descoberta literária do ano passado.
Ia esquecendo: tem coisa nova no Aoristo. Mais um Diálogo Recursivo: Impasse.
Se você se interessa pelo que está no blog do lado, sugiro que assine a lista de avisos do Aoristo. Um e-mail ocasional sobre as atualizações e ruminações sobre temas relacionados. Dá uma olhada no arquivo de mensagens e pensa um pouco sobre o assunto.
Se você se interessa pelo que está no blog do lado, sugiro que assine a lista de avisos do Aoristo. Um e-mail ocasional sobre as atualizações e ruminações sobre temas relacionados. Dá uma olhada no arquivo de mensagens e pensa um pouco sobre o assunto.
You have to be able to afford to be blocked because, if you are a writer, not writing is a very expensive business - and it becomes more so by the hour. Therefore, it tends not to happen on Grub Street.
17.2.03
Anda ficando mais difícil escrever minha coluna no A Tarde. Para começar, não tenho lido muita coisa ultimamente (tirandos os quadrinhos roubados da rede) e o que tenho lido - teoria - não se adequa muito ao público alvo. Às vezes, recebo algum livro das editoras. Mas eles são específicos para leitores adolescentes e têm propósitos pedagógicos, coisa que normalmente se traduz em idiotias. Recebi um livro interessante há algum tempo, mas alguém aqui em casa fez o favor de sumir com ele.
Estou aceitando sugestões de leituras. Principalmente de coisas disponíveis - em português, ainda tem isso - na rede.
Estou aceitando sugestões de leituras. Principalmente de coisas disponíveis - em português, ainda tem isso - na rede.
As pessoas chegaram aqui procurando:
sex underage; lena y julia de t.a.t.u.; spielgman maus; leituras do dia; placas de transito; DOUGLAS RUSHKOFF; singh simon; leituras; school girl; violent comics; leituras do corpo; Leviatã de Paul Auster; codigos vice city; warren ellis; penis mofados e o já tradicional dogfuckers.
Está circulando um e-mail com letras de músicas da década de 40 até os dias de hoje, mostrando como - de repente - as canções escorregaram para a baixaria. Se fosse só piada, tudo bem. Mas o foda é que tem gente que acredita realmente que a música de outrora era mais "limpa" e "positiva". Além de claramente "melhor".
Piada é piada, mas essa parece trazer em si aquele tipo de visão que me emputece profundamente: que o passado é melhor só por ser passado. Claro, qualquer uma das músicas é menos tosca que "Eguinha Pocotó", mas não tenho dúvidas que alguém - em poucos anos - vai achar aquela do beijar de língua dos Tribalistas algo fantástico. Só por ser velha. E, francamente, Fonte de mel, nos olhos de gueixa / Kabuki, máscara. / Choque entre o azul e o cacho de acácias / luz das acácias, você é mãe do sol. Linda.... como grande música é foda.
Às vezes dá vontade de queimar tudo com mais de dez anos de produzido. Tá certo que O Grande Gatsby e Kraftewerk iriam pro inferno, mas ia ser lindo assistir as pessoas tendo que enfrentar coisas novas.
Piada é piada, mas essa parece trazer em si aquele tipo de visão que me emputece profundamente: que o passado é melhor só por ser passado. Claro, qualquer uma das músicas é menos tosca que "Eguinha Pocotó", mas não tenho dúvidas que alguém - em poucos anos - vai achar aquela do beijar de língua dos Tribalistas algo fantástico. Só por ser velha. E, francamente, Fonte de mel, nos olhos de gueixa / Kabuki, máscara. / Choque entre o azul e o cacho de acácias / luz das acácias, você é mãe do sol. Linda.... como grande música é foda.
Às vezes dá vontade de queimar tudo com mais de dez anos de produzido. Tá certo que O Grande Gatsby e Kraftewerk iriam pro inferno, mas ia ser lindo assistir as pessoas tendo que enfrentar coisas novas.
16.2.03
Mesmo que os tempos aúreos tenham ido embora, eu não consigo lembrar de nada melhor que Os Simpsons na televisão.
14.2.03
Hoje é Dia de São Valentim - que funciona como Dia dos Namorados no resto do mundo. Entre as romantiquices da data, o Telegraph publicou essa lista de discos românticos.
12.2.03
Eu achava que era a única pessoa que não entendia a relação entre as propagandas e o conteúdo nas revistas em quadrinhos.
É bastante óbvio que o namoro das duas é falso, mas quem liga? Música pop é isso: um produto muito bem construído, adequado às necessidades de consumo do público-alvo. A música é uma merda, mas eu digo e repito: t.A.T.u. é a banda.
Let's pause, actually, to discuss the video. There are these two girls, right? They're in schoolgirl uniforms, OK? One has long, lush, red hair, the other has dark hair in a spikey, boyish cut. And they've got the hots for ? each other. At first this is only hinted at, but the tease is a short one. Within a minute or so Lena and Julia are making out in the rain. Meanwhile, various sad and judgmental oldsters look on (apparently from somewhere within a Fellini movie), through a fence topped with razor wire. The music is a creditable slice of totally ephemeral mega-dance pop.
(...)
More recently, reports began to surface that the girls are not actually lesbians at all. Shapovalov was quoted by the British press referring to t.A.T.u. as an "underage sex project" and saying that he got the idea for the band after looking at porn sites.
Cidade de Deus não foi selecionado para o Oscar. Como se um monte de favelados se matando em ângulos malucos fosse do gosto da Acadêmia.
Cidade de Deus não é filme de Oscar.
Cidade de Deus não é filme de Oscar.
11.2.03
I've been struck lately rereading Brave New World and 1984 at the extent to which both of these visions, which would seem to be completely contradictory, have turned out to be true and in fact complementary. You have the totalitarian thought control and language modification of 1984 going on: I mean, consider the phrase "weapons of mass destruction" -- completely Orwellian in use. And at the same time you have something like the feelies from Brave New World which are the soporific media message that puts everyone to sleep. Both of those things are happening simultaneously. The totalitarian message is being transmitted while you're zoned out in front of the television watching the feelies, high on soma -- which is some combination of Prozac and Budweiser.
Resolvi me esforçar para superar a falta de paciência para ler e tirei Leviatã (Paul Auster) da prateleira ontem à noite. Li pouco mais de 60 páginas até agora, mas o livro está empolgando.
Comentários ao decorrer da leitura.
Comentários ao decorrer da leitura.
Dia de Gibi Novo: Heavy Liquid
Há algumas semanas, comentei rapidamente um texto do Mark Millar sobre a importância comparativa de escritores e desenhistas nos quadrinhos. Manifestei minha opinião - totalmente previsível para que aparece aqui com freqüência - sobre a clara superioridade dos escritores.
Heavy Liquid não faz eu questionar minha crença, mas é o tipo de hq que mostra que os desenhistas também podem ser as estrelas do show. Escrita por Paul Pope, a história não tem muita graça, apesar da premissa interessante: existe um metal raro chamado heavy liquid, que também é uma droga (mas só o protagonista da história sabe disso), e há um colecionador de arte que quer uma escultura feita do negócio - por uma artista reclusa que obviamente tem um passado com o protagonista.
A graça da série está justamente nas ilustrações de Pope. O mundo de Heavy Liquid é uma mistura de noir e ficção científica. O resultado é muito bonito e - estranhamente - não lembra em nada Blade Runner. O cenário de sci-fi não acrescenta muita coisa à história, mas permite que Pope crie visualmente um mundo a partir de elementos disparatados. O uso nada realista das cores, somado ao traço meio europeu, meio japonês torna Heavy Liquid muito agradável de ver. Acho que é a coisa mais próxima de um filme de Peter Greenway que já vi em quadrinhos.
Há algumas semanas, comentei rapidamente um texto do Mark Millar sobre a importância comparativa de escritores e desenhistas nos quadrinhos. Manifestei minha opinião - totalmente previsível para que aparece aqui com freqüência - sobre a clara superioridade dos escritores.
Heavy Liquid não faz eu questionar minha crença, mas é o tipo de hq que mostra que os desenhistas também podem ser as estrelas do show. Escrita por Paul Pope, a história não tem muita graça, apesar da premissa interessante: existe um metal raro chamado heavy liquid, que também é uma droga (mas só o protagonista da história sabe disso), e há um colecionador de arte que quer uma escultura feita do negócio - por uma artista reclusa que obviamente tem um passado com o protagonista.
A graça da série está justamente nas ilustrações de Pope. O mundo de Heavy Liquid é uma mistura de noir e ficção científica. O resultado é muito bonito e - estranhamente - não lembra em nada Blade Runner. O cenário de sci-fi não acrescenta muita coisa à história, mas permite que Pope crie visualmente um mundo a partir de elementos disparatados. O uso nada realista das cores, somado ao traço meio europeu, meio japonês torna Heavy Liquid muito agradável de ver. Acho que é a coisa mais próxima de um filme de Peter Greenway que já vi em quadrinhos.
10.2.03
Em português claro, tecnologia é ferramenta, e não inovação; é um meio, e não um fim. Por isso é errado quando você se refere à época em que vivemos como "tecnológica", pois ela assim é desde os tempos de Arquimedes. Quando você diz "não entender de tecnologia", você está dizendo que não sabe nem usar um garfo. Quando você diz "não gostar de computador", é o mesmo que dizer que não gosta de um lápis.
Fotografias coloridas só começaram a ter seu valor artístico reconhecido no metade da década de 70. Menos de trinta anos depois, é possível enviar fotos feitas com telefones celulares - uma inovação que já está criando fenômenos culturais.
O Guardian publicou um texto interessante sobre a atual onda de filmes contando a história de escritores.
9.2.03
Ando sem muita paciência para ler. Ou melhor, nada tem me interessado. Tirando os quadrinhos que tenho baixado da Internet e o livro de semiótica Lector in Fabula (Umberto Eco), não tenho lido nada. Até as notícias andam sem nenhum apelo especial.
Também não tenho escrito muita coisa. As colunas e os textos de ficção estão às metades em pilhas, mas falta foco para completar qualquer coisa. Só terminei uma historinha (que não deve ser publicada, já que é presente) e estou revisando um soneto (coisas que não escrevia a anos).
Me sinto meio fora de foco ultimamente. E ficção não tem ajudado.
Também não tenho escrito muita coisa. As colunas e os textos de ficção estão às metades em pilhas, mas falta foco para completar qualquer coisa. Só terminei uma historinha (que não deve ser publicada, já que é presente) e estou revisando um soneto (coisas que não escrevia a anos).
Me sinto meio fora de foco ultimamente. E ficção não tem ajudado.
7.2.03
Trucking companies use GPS systems to track hazardous cargo and monitor drivers. Corrections authorities use them to monitor sex offenders. Hikers, boaters and motorists use GPS devices to keep from getting lost. GPS technology is also being built into cell phones to help emergency dispatchers find 911 callers. They're also being used to prevent car theft.
Southworth trains victims advocates, law enforcement and prosecutors on stalkers' use of the technology, which she says is only just beginning to be abused.
5.2.03
Como funciona uma economia capitalista? Como ela se desenvolve? Os economistas estão atentos ao mundo de EverQuest, um mundo virtual no qual o mercado se desenvolve sem nenhuma intervenção.
Às vezes esse mundo é muito tedioso, principalmente se o compararmos às maravilhas da ficçã. O pior é quando as ficções são plausíveis e uma ou outra bobagem entra na frente.
De qualquer maneira, a Challenger já destruiu há muito tempo qualquer chance que eu poderia ter tido de ser um astronauta. E o tédio dos programas espaciais enterrou todo o entusiasmo com o espaço.
De qualquer maneira, a Challenger já destruiu há muito tempo qualquer chance que eu poderia ter tido de ser um astronauta. E o tédio dos programas espaciais enterrou todo o entusiasmo com o espaço.
4.2.03
Eu achava que o KaZaa era só uma maravilha anti-advogados no nível técnico. Mas a empresa é muito mais inteligente que isso: sua estrutura é muito complicada e espalhada por alguns países. Como devem ser os cartéis do tráfico de drogas.
O Repórter X é um blog coletivo muito bem bolado. As pessoas mandam fotos e legendas que imitam as dos furos de reportagem. As combinações que estão no site são meio sem graça, mas a idéia é excelente.
Se o diretor de um projeto do MIT escreve sobre histórias em quadrinhos, elas devem prestar para alguma coisa, não? Explicar conceitos e demonstrar suas aplicações, talvez. Como em Global Frequency.
2.2.03
Dia de Gibi Novo: Mek 2 e 3
Indo direto ao ponto, Mek é uma picaretagem. Falta história nessa série escrita por Warren Ellis e ilustrada por Steven Rolston. Simplesmente não houve espaço suficiente para desenvolver o cenário - a subcultura de modificações corporais fazendo o upgrade para tecnologias cibernéticas - e um argumento interessante.
A impressão que fica é que Ellis simplesmente arrumou um jeito de publicar suas anotações sobre o tema. Recomendo apenas para quem tem interesse em especulações sobre ele.
Indo direto ao ponto, Mek é uma picaretagem. Falta história nessa série escrita por Warren Ellis e ilustrada por Steven Rolston. Simplesmente não houve espaço suficiente para desenvolver o cenário - a subcultura de modificações corporais fazendo o upgrade para tecnologias cibernéticas - e um argumento interessante.
A impressão que fica é que Ellis simplesmente arrumou um jeito de publicar suas anotações sobre o tema. Recomendo apenas para quem tem interesse em especulações sobre ele.
Entrevistei o DJ Patife para o A Tarde - e vou assistir o sujeito tocar hoje à noite. Depois que terminei, fiquei pensando se a escolha que fiz foi boa: perguntas para quem sabe alguma coisa sobre música eletrônica em lugar da baba introdutória de sempre. Acho que a segunda opção se adequa mais ao público do jornal.
Só que é 2003 e esse negócio de e-music não é novidade nenhuma para ninguém. Quem não se interessou até agora não se salva mais.
Como tudo no A Tarde, a entrevista é conteúdo exclusivo. Use silver como usuário e 121253 como senha.
Só que é 2003 e esse negócio de e-music não é novidade nenhuma para ninguém. Quem não se interessou até agora não se salva mais.
Como tudo no A Tarde, a entrevista é conteúdo exclusivo. Use silver como usuário e 121253 como senha.
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